terça-feira, 27 de agosto de 2019

"VARIAÇÕES" (filme)




HOJE FUI VER O FILME "VARIAÇÕES". ANTÓNIO VARIAÇÕES FOI UMA FIGURA MARCANTE NOS MEUS TRINTA E TAL ANOS. PORQUE AINDA ME LEMBRAVA DE ALGUMAS HISTÓRIAS ACERCA DESTE CANTOR-AUTOR-COMPOSITOR, FUI VER O FILME COM BAIXA EXPECTATIVA. ENGANO MEU, POIS A BIOGRAFIA DO HOMEM ESTÁ MUITO BEM CONSTRUÍDA E FIQUEI A CONHECER MELHOR O ARTISTA QUE FOI ANTÓNIO VARIAÇÕES.

LUTAR POR UM IDEAL, POR VEZES É MUITO DIFÍCIL, MAS ANTÓNIO VARIAÇÕES LUTOU PELO SEU, VENCENDO ENORMES OBSTÁCULOS, ATINGIU PATAMARES MUITO ELEVADOS DENTRO DO SEU OBECTIVO. FIGURA CONTROVERSA, MUITO À FRENTE DO SEU TEMPO, UM VISIONÁRIO, IMPÔS-SE NO MEIO ARTÍSTICO PORTUGUÊS, ELE QUE PERSEGUIA O SUCESSO NA MÚSICA POP-ROCK NACIONAL. FUTURISTA, ADOPTOU O "BONECO" PELO QUAL FICOU CONHECIDO SEM SE QUESTIONAR SE FICAVA BEM OU MAL, POIS ERA ELE E SÓ ELE QUE ESTABELECIA O QUE ERA O BEM E  MAL. 

SER ORIGINAL, DIFERENTE, VISIONÁRIO, REBELDE, POLÉMICO, SÓ RARAMENTE É ACEITE E SEMPRE POR MINORIAS. O STATUS QUO NÃO ADMITE SER QUESTIONADO, MUITO MENOS ENFRENTADO. 




              

segunda-feira, 12 de agosto de 2019




CORES E TEXTURAS, SEMPRE


A arte não reproduz o que vemos. Ela faz-nos ver (Paul Klee). Esta a frase que sintetizou todo um pensamento e que se mantém actual. Desde que a Arte passou a fazer-nos ver, deixou de haver uma só tendência artística, a que residia unicamente na habilidade. Com o advento da máquina fotográfica, a criação artística passou a dedicar-se muito mais ao estudo e desenvolvimento da arte não visível, não concreta, passando a interessar-se preferencialmente pel A arte não reproduz o que vemos. Ela faz-nos ver (Paul Klee). Esta a frase que sintetizou todo um pensamento e que se manté a emoção, pela descoberta do outro lado. A Arte passou a fazer-nos ver.           


quinta-feira, 8 de agosto de 2019


Quem deve sentir vergonha não é o pobre, mas quem cria a pobreza



Li esta frase de Mia Couto que me causou maior revolta contra os exploradores deste mundo. "Quem deve sentir vergonha não é o pobre, mas quem cria a pobreza". Já ouvi muitas vezes uma frase popular que poderá ter servido de ponto de partida para o Mia Couto fazer a afirmação com que iniciei esta minha reflexão. Diz-se então, ser pobre não é vergonha. 



Num mundo globalizado, em que domina o egoísmo, em que a solidariedade e a fraternidade já são obsoletas, como é possível que valores fundamentais da sociedade possam considerar-se obsoletos, endeusou-se o capital e o conceito do TER passou a ser o grande objectivo da sociedade. Passou a ser vergonha ser pobre, enquanto se enaltecem os que criam a pobreza. Os que detêm os principais meios de produção, impondo como grande objectivo a maximização do lucro, não tendo em conta os princípios da solidariedade e da fraternidade, são efectivamente os criadores da pobreza. Como se o empreendedorismo e o empresariado fossem apanágio de exploradores. Estes são realmente trabalhadores que aplicando o seu capital e a sua capacidade de gestão, criam riqueza e não pobreza, distribuindo uma parte das mais valias obtidas por todos os que contribuíram para elas.



Solidariedade, fraternidade e generosidade não podem ser obsoletas. 



              

CHEIAS DE 1967 (região de Lisboa) No passado dia 25/11, uma amiga enviou-me uma mensagem sobre este assunto. Depois de ler o texto...